Apresentadora se assusta com explosão durante jornal na Síria
Um bombardeio israelense atingiu o complexo do Estado-Maior do Exército Sírio, próximo ao palácio presidencial em Damasco, nesta quarta-feira (16), interrompendo uma transmissão ao vivo da emissora estatal Syria TV. O momento da explosão foi capturado pelas câmeras, mostrando a apresentadora abandonando o estúdio em meio ao ataque.
Segundo a agência de notícias estatal SANA, o ataque deixou ao menos uma pessoa morta e 18 feridas, incluindo civis. Imagens mostram uma densa nuvem de fumaça subindo dos escombros do prédio do Ministério da Defesa, parcialmente destruído. Autoridades locais recomendaram que moradores evitem deslocamentos desnecessários.
Ataque em meio a tensões étnicas
O ataque ocorre no terceiro dia de confrontos entre as forças sírias e Israel, que justificou a ação como resposta à escalada de violência na província de Sweida, no sul do país, onde conflitos entre drusos e beduínos já deixaram mais de 200 mortos desde a última semana. Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram ter atingido "o centro de comando militar do regime sírio", responsável por operações na região.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu que drusos – minoria étnica com laços históricos com Israel – evitem cruzar a fronteira, garantindo que as forças israelenses "atuam para proteger vidas" . Já o ministro da Defesa, Israel Katz, advertiu que a Síria sofreria "golpes dolorosos" caso persistisse nos confrontos.
Reações internacionais
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a intensificação dos bombardeios e expressou preocupação com o deslocamento de tropas israelenses para as Colinas de Golã. Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sugeriu que a crise poderia ser resolvida em "horas" , atribuindo-a a um "mal-entendido".
Esta é a maior escalada militar entre os países desde 2024, com ataques de drones e mísseis precedendo o bombardeio a Damasco. A Síria acusa Israel de agravar a instabilidade regional, enquanto Telaviv defende suas ações como "medidas defensivas".
Nosso site usa cookies e outras tecnologias para que nós e nossos parceiros possamos lembrar de você e entender como você usa o site. Ao continuar a navegação neste site será considerado como consentimento implícito à nossa política de privacidade.