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As Fritadeiras sem Óleo são um risco para a saúde? Um novo estudo aciona o alerta
Publicado em 20/05/2025 10:32
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As Fritadeiras sem Óleo são um risco para a saúde? Um novo estudo aciona o alerta

As Air Fryers transformam a nossa forma de cozinhar, mas estarão elas a esconder um perigo inesperado sob a promessa de refeições mais saudáveis? Descubra o que revela um estudo surpreendente...

As fritadeiras a ar quente fazem promessas tentadoras: pratos crocantes, menos gordurosos, mais saudáveis... Quem poderia resistir? Mas sob esta aparência de perfeição, uma questão nos atormenta: e se estes aparelhos modernos esconderem um risco para a nossa saúde? Um estudo recente levanta o véu sobre uma realidade inesperada. Vamos decifrar juntos o que as nossas cozinhas do futuro realmente nos reservam.

 

Uma revolução nas nossas cozinhas: as Air Fryers

As Air Fryers, estes aparelhos que permitem cozinhar sem óleo ou com uma quantidade reduzida de gordura, transformaram os hábitos culinários de muitas famílias. A sua promessa? Oferecer pratos tão crocantes como os de uma fritadeira clássica, sendo muito mais saudáveis. O apelo por estas fritadeiras baseia-se em grande parte na sua capacidade de reduzir até 80% o uso de óleo, respondendo assim às preocupações crescentes em termos de nutrição e saúde.

No entanto, o seu sucesso não está isento de controvérsias. Embora estes aparelhos sejam vistos como uma alternativa mais saudável, pesquisas recentes revelaram alguns riscos potenciais que merecem ser considerados. A questão do seu impacto na formação de compostos químicos nocivos, como a acrilamida, começa a surgir no debate público.

Quando a acrilamida se convida para a nossa mesa

Pesquisadores da Universidade de Gazi, na Turquia, descobriram recentemente um problema relacionado com o uso das Air Fryers: estes aparelhos podem promover um aumento nos níveis de acrilamida nos alimentos. Este composto químico, que se forma naturalmente durante cozeduras a altas temperaturas, é uma preocupação importante na indústria alimentar.

 

A acrilamida desenvolve-se principalmente em alimentos ricos em amido, como batatas ou produtos de cereais, quando são expostos a temperaturas acima de 120°C. Isto inclui não apenas batatas fritas, mas também bolachas, pães torrados ou cereais processados. O Centro Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (CIRC) classifica-o como "provavelmente carcinogénico para os seres humanos", o que significa que uma exposição recorrente pode aumentar os riscos de desenvolver alguns tipos de câncer, especialmente os do sistema digestivo.

Estes resultados colocam então uma questão essencial: os benefícios das Air Fryers em termos de saúde superam as possíveis consequências negativas relacionadas com o aumento da formação de acrilamida?

Air Fryer, forno, ou fritadeira tradicional: qual a diferença?

Para melhor compreender os riscos, é essencial comparar as Air Fryers com outros métodos de cozinha. Segundo a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), o teor de acrilamida varia consideravelmente dependendo do aparelho utilizado. As fritadeiras a óleo, o forno e as Air Fryers têm cada um características específicas que influenciam a formação deste composto.

As fritadeiras tradicionais, embora associadas a um consumo mais elevado de gorduras, limitam a formação de acrilamida graças ao óleo que regula a temperatura da superfície dos alimentos. Por outro lado, o forno, muitas vezes usado a altas temperaturas para assar ou grelhar, pode gerar níveis significativos se a cozedura durar demasiado tempo. As Air Fryers, por outro lado, distinguem-se pelo seu modo de cozinhar a seco e intenso, que favorece uma rápida reação entre os açúcares e os aminoácidos, aumentando assim a concentração de acrilamida.

Por exemplo, testes têm demonstrado que as batatas fritas feitas numa Air Fryer muitas vezes contêm mais acrilamida do que as feitas no forno, devido a uma temperatura mais homogénea e direta. Estas diferenças destacam a importância de dominar bem as configurações das Air Fryers para limitar os riscos.

 

Como reduzir os riscos na sua cozinha?

Para reduzir a exposição à acrilamida nos alimentos, gestos simples podem fazer uma grande diferença. Primeiramente, é recomendado mergulhar ou lavar as batatas antes da sua cozedura: este processo permite eliminar parte dos açúcares presentes na superfície, reduzindo assim a formação de acrilamida durante o aquecimento. Além disso, é melhor privilegiar temperaturas de cozedura moderadas, em vez de procurar sistematicamente uma textura ultra-crocante.

Adotar uma atenção especial à coloração dos alimentos também é essencial. As partes douradas ou acastanhadas são frequentemente as mais ricas em acrilamida. Para os adeptos das Air Fryers, pode ser sensato optar por ciclos de cozedura mais curtos ou utilizar configurações específicas a baixa temperatura.

Finalmente, varie as técnicas de preparação. A cozedura a vapor, o cozimento lento ou a utilização do forno a baixa temperatura são soluções que permitem reduzir a exposição a compostos potencialmente nocivos. Ao diversificar os seus métodos, está a proteger tanto a sua saúde como a da sua família.

Uma reflexão atenta sobre as nossas práticas alimentares

As Air Fryers representam um avanço tecnológico inegável, combinando conveniência e redução do consumo de gorduras. No entanto, a sua utilização deve ser acompanhada por uma maior consciencialização dos riscos associados à cozedura a alta temperatura. Adotar práticas culinárias sensatas, como controlar os tempos e temperaturas de cozedura, pode reduzir significativamente a exposição a compostos indesejáveis.

Ao integrar estes aparelhos nas nossas cozinhas com discernimento e permanecer informados sobre as questões nutricionais, é possível tirar o melhor partido das inovações modernas, preservando assim a nossa saúde a longo prazo.

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